Em preparação à COP30, BNDES entrega 1ª etapa do restauro do Conjunto Mercedários em Belém

Ouça o áudio-release desta notícia aqui:

(Participação: Aloizio Mercadante - presidente do BNDES)

  • Construído em 1640, complexo é um marco arquitetônico da Amazônia
  • Conjunto abrigará a “Casa BNDES”, com programação imersiva durante a conferência climática
  • Espaço abrigará novo polo cultural da UFPA, que reúne galeria, museu, livraria, escola de música e auditório

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto Cultural Vale entregaram nesta quinta-feira, 2, a primeira etapa da obra de restauro do Conjunto Mercedários de Belém (PA). Com investimento de R$ 49,4 milhões, este é um projeto de restauração e revitalização de um dos maiores conjuntos arquitetônicos da região Norte.

O BNDES apoiou o projeto do Mercedários com R$ 36,3 milhões não reembolsáveis do BNDES Fundo Cultural. Há também recursos do Instituto Cultural Vale, da UFPA e da Fapespa. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá na capital paraense de 10 a 21 de novembro, o Complexo Mercedários sediará a Casa BNDES. Ela oferecerá programação cultural, experiências imersivas, oficinas, sessões de cinema, entre outras atividades.

Participaram da entrega o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a diretora Socioambiental do Banco, Tereza Campello, o reitor da UFPA, professor Gilmar Pereira da Silva, e o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto. Na cerimônia, Mercadante e Campello receberam o título de "Cidadão de Belém”, da Câmara Municipal da cidade.

Foto: Rafael Silva / BNDES

“Nos últimos dois anos e meio, o BNDES emprestou R$ 14,2 bilhões de reais para o Pará. Na cidade de Belém, temos financiamento de R$ 1,5 bilhão em parceira com o governo paraense. Não são obras só para a COP30: financiamos, por exemplo, as obras de macrodrenagem nas áreas alagadas, que são habitadas pelos mais pobres”, disse o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.

“Este patrimônio não era acessível ao povo de Belém. Estamos orgulhosos no BNDES de ser um dos principais financiadores do restauro de um território histórico, vivo”, complementou a diretora Tereza Campello.

“Quando falamos em legado da COP, não é só o que se constrói para a conferência, mas a aceleração que ela provoca em Belém, em todo o país. O que vemos aqui é o resultado de muitos talentos e parceiros, reunidos na missão de devolver o patrimônio histórico e cultural”, disse o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto.

“Este espaço tem significado especial: é uma universidade, onde mais de 70% dos nossos alunos vêm da escola pública, e é uma escola de restauração. Aqui, há um curso em que os trabalhos de conclusão são sobre o patrimônio histórico local. Ver o Mercedários a serviço dos habitantes de Belém não tem preço”, celebrou o reitor da UFPA, professor Gilmar Pereira da Silva.

Mercadante propôs à universidade o resgate da história de Pedro Texeira. “Ele foi um explorador e militar português do século XVII, que liderou a maior expedição pelo rio Amazonas. Teixeira é um dos responsáveis por consolidar o domínio português na região amazônica”, disse o presidente do BNDES.

Foto editada por IA

Foto: Rafael Silva / BNDES

Patrimônio histórico – O Mercedários é um conjunto arquitetônico de localização estratégica na região do centro histórico da capital paraense. Ele foi submetido à chamada pública do BNDES “Resgatando a História”, que apoia a recuperação do patrimônio histórico material, imaterial e de acervos memoriais de todo o país.

Além das atividades acadêmicas e científicas já em andamento no Mercedários, o espaço abrigará a nova Galeria de Arte da UFPA (GAU), uma livraria da Editora da UFPA, o Museu de Ciências do Patrimônio Cultural, um projeto de ensino da Escola de Música da UFPA, e um novo auditório com capacidade para 175 pessoas. 

Complexo – O conjunto arquitetônico em restauração corresponde ao complexo que congrega a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e o antigo Convento dos Mercedários, hoje a unidade Mercedários da UFPA. Construído originalmente em 1640 e refeito em 1748, trata-se de um dos mais importantes conventos coloniais da Amazônia, um dos maiores conjuntos arquitetônicos no contexto da Região Norte do Brasil.

Foto: Rafael Silva / BNDES

Baixar Imagens Baixar Áudio(s)