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• Publicação do edital marca avanço na restauração ambiental e geração de créditos de carbono

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), anunciou a publicação do edital de concessão da Floresta Nacional do Bom Futuro, localizada em Porto Velho (RO). Estruturado com apoio técnico do BNDES por meio do Acordo de Cooperação Técnica com SFB, o projeto representa um marco na restauração de áreas degradadas e na promoção da economia verde no Brasil. O anúncio ocorreu nesta quarta-feira, 12 de novembro, durante o evento PPPs Florestais no Brasil, no Pavilhão do BID, na COP30, em Belém (PA).

Com cerca de 90 mil hectares, a Flona de Bom Futuro terá 12.375 hectares restaurados ao longo dos 40 anos de concessão. A principal fonte de receita será a comercialização de créditos de carbono, com estimativa de geração superior a 3,7 milhões de toneladas de CO₂ equivalente durante o período. O projeto também prevê a silvicultura de espécies nativas em áreas específicas, conforme critérios técnicos e ambientais definidos no Plano de Manejo.

A área foi dividida em duas Unidades de Manejo Florestal (UMFs), cada uma com aproximadamente 6 mil hectares destinados à restauração e 40 mil hectares de floresta em pé. Estão previstos investimentos totais de R$ 171 milhões, além de encargos acessórios superiores a R$ 1 milhão por ano e R$ 540 mil em indicadores classificatórios. A expectativa é de geração de cerca de 941 empregos diretos e indiretos.

“O lançamento do edital representa um marco na implantação da estratégia do BNDES Florestas. Com o projeto, viabilizaremos mais de 12 mil hectares de restauração ecológica na Amazônia. Estamos mobilizando um grande volume de recursos e de parceiros para promover a restauração ecológica do arco do desmatamento, com foco em soluções sustentáveis e inclusão socioeconômica. É um compromisso com o futuro do país, que alia preservação ambiental, inovação e desenvolvimento regional”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O modelo de concessão inclui cláusulas contratuais que destinam recursos para pesquisa científica, educação ambiental, proteção florestal e apoio às comunidades do entorno, incluindo a população indígena Karitiana. Também há incentivos para ações afirmativas de gênero, inclusão de povos indígenas e estímulo à economia local por meio da compra de sementes e contratação de mão de obra regional.

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Qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, o projeto contou com a cooperação técnica do BNDES, em colaboração com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com a Conservação Internacional – CI Brasil, e com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A iniciativa passou por ampla consulta pública, audiências e roadshows com investidores.

A entrega dos envelopes está prevista para 3 de março e o leilão será realizado na sede da B3, em São Paulo (SP), no dia 10 de março 2026. O julgamento será feito com base em técnica e preço.

Sobre a Flona de Bom Futuro - Criada em 1988, a Floresta Nacional do Bom Futuro é uma unidade de conservação federal situada em Porto Velho (RO). A área abriga ecossistemas de alta relevância ambiental e está localizada em uma região estratégica para a conservação da Amazônia. O projeto de concessão visa restaurar áreas degradadas, promover o uso sustentável dos recursos naturais e fortalecer a integração com comunidades locais e indígenas.

Acesse o edital aqui: https://www.gov.br/florestal/pt-br/assuntos/concessoes-e-monitoramento/editais-em-licitacao/floresta-nacional-do-bom-futuro-ro/0_edital_bf_sem-marcas_20251110.pdf