COP30: BNDES é a marca com maior protagonismo na mídia, aponta levantamento
- Pesquisa mostra que Banco foi a empresa que mais ganhou espaço positivo e reputação nos veículos de imprensa
- Levantamento analisou métricas editoriais, reputacionais e estratégias para avaliar protagonismo das empresas, em termos de mídia espontânea
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi a marca que mais ganhou exposição positiva e reputação durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). A participação do BNDES na mídia movimentou R$ 63,91 milhões em exposição e liderou o ranking de ganhos na mídia, à frente de grandes empresas como a Petrobras (R$ 56,96 milhões), Vale (R$ 50,11 milhões), Itaú Unibanco (R$ 39,20 milhões), Nestlé (R$ 31,10 milhões) e Grupo O Globo (R$ 17,98 milhões). Os dados são da agência de comunicação CDN e foram publicados pelo portal Meio e Mensagem.
Mídia espontânea - Ao todo, a COP30 movimentou cerca de R$ 3,3 bilhões em exposição de mídia, segundo o monitoramento da CDN. O levantamento usou o Índice de Qualidade de Exposição nas Mídias (IQEM) para avaliar o impacto que as empresas tiveram, em termos de mídia espontânea, na ocupação de espaços editoriais nos veículos de imprensa que abordaram a COP30. Foram analisadas reportagens sobre a Conferência desde janeiro até o encerramento do encontro, nesse último fim de semana. O índice, que combinou métricas editoriais, reputacionais e estratégicas para mostrar o protagonismo e grau de exposição das marcas na cobertura da COP30, não inclui publicidade ou compra de mídia.
“A COP30 mostrou a importância estratégica de estarmos presentes, explicando ao Brasil e ao mundo o compromisso do BNDES com a transição energética, com a restauração das florestas, com o combate ao desmatamento e com a mobilização de recursos para o desenvolvimento sustentável. Com entregas concretas e consistentes, podemos dar visibilidade ao trabalho que fazemos em parceria com governos, empresas e sociedade, fortalecendo a imagem do Banco como protagonista da economia verde e maior financiador de energia limpa do planeta”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Estratégia - A estratégia de comunicação do BNDES envolveu dezenas de profissionais de várias áreas do Banco. No que diz respeito às atividades de jornalismo e de imprensa, entre os dias 3 e 21 de novembro, a Agência BNDES de Notícias publicou 41 matérias em editoria temática, que foram distribuídas e trabalhadas junto a veículos de imprensa nacionais e regionais, por duas equipes do Departamento de Comunicação do Banco que atuaram na COP30: uma localmente, em Belém, e outra na sede da instituição, no Rio.
As pautas com mais destaque foram relacionadas a iniciativas das áreas de Meio Ambiente e Internacional e de Captação de Recursos do Banco, com anúncios sobre o Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, sob a coordenação do MMA, além de projetos de restauração florestal com recursos do Fundo Clima e captações internacionais.
“A estratégia buscou a ampla divulgação das entregas do BNDES na mobilização de recursos e na implementação de ações efetivas para resiliência socioambiental, transição ecológica e valorização cultural, em âmbito nacional e internacional, mas sobretudo, evidenciando impacto em cada território com a regionalização das notícias”, explicou o chefe do Departamento de Comunicação do BNDES, Gustavo Borges.
Projetos prioritários na COP30 - O BNDES teve atuação na captação e financiamento de projetos sustentáveis e de recuperação do meio ambiente fundamentais no país. Durante a COP30, o Banco firmou acordos com instituições financeiras de desenvolvimento para mobilização de R$ 21 bilhões para financiar projetos sustentáveis no Brasil. Os acordos envolveram Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), o Grupo AFD - Agência Francesa de Desenvolvimento e a Cassa Depositi e Prestiti (CDP).
No âmbito do Fundo Amazônia, os destaques foram: o apoio de R$ 55 milhões a projeto internacional de prevenção e controle do desmatamento da OTCA, com parceria do INPE, as doações de R$ 33 milhões da Suíça e de € 20 milhões (cerca de R$ 124 milhões) da União Europeia ao Fundo, a contratação de R$ 148,7 milhões ao Incra, apoio para a regularização fundiária no Pará e Maranhão, o projeto com Sebrae e MDIC que prevê R$ 107 milhões para impulsionar cooperativas do babaçu, açaí, castanha e cupuaçu, a divulgação do resultado do Restaura Amazônia para 26 territórios indígenas e o balando operacional do Fundo, com aprovação recorde de R$ 2 bilhões em 2025.
Também foi anunciado o maior investimento da história do BNDES no setor florestal. São R$ 7 bilhões para conservação, recuperação e manejo de florestas, resultado de uma combinação de instrumentos reembolsáveis e não reembolsáveis, crédito, garantias, concessões e apoio produtivo.
Além disso, o BNDES abriu chamada pública que reforçou o apetite das empresas por projetos voltados à descarbonização, transição energética e reflorestamento. A Chamada Pública de Mitigação Climática recebeu 45 propostas de fundos de investimento, que, juntos, têm potencial de mobilizar até R$ 73,7 bilhões em investimentos sustentáveis.
Ainda na COP30, o BNDES, o Bradesco e o Fundo Ecogreen anunciaram a certificadora brasileira de créditos de carbono. A Ecora consolida um movimento estratégico do Banco para fortalecer a infraestrutura climática do Brasil e impulsionar a economia de baixo carbono, atendendo à crescente demanda por certificação de créditos de carbono.
Outro destaque foi o acordo do Banco firmado com Marinha e Cemaden para enfrentar desastres naturais e vai mobilizar R$ 100 mi para estudos.
BNDES debate mudanças climáticas - O BNDES se consolidou também como uma referência no debate sobre mudanças climáticas. Trinta e cinco porta-vozes do Banco participaram de eventos na Conferência do Clima. Outros 35 painéis foram organizados pelo BNDES, sendo cinco nos Pavilhões Temáticos da ONU, dois no Pavilhão Brasil Zona Azul, dois no Pavilhão Brasil Zona Verde e 26 no Pavilhão BNDES.
Casa BNDES - Perto dali, no coração de Belém, o Banco abriu, no dia 8 de novembro, a “Casa BNDES” no Complexo dos Mercedários, localizado na região das Docas da capital paranaense. Sob coordenação da Diretoria Socioambiental e do Departamento de Relacionamento do Banco, a Casa recebeu mais de 31 mil pessoas durante a Conferência, com intensa programação e mais de 50 atrações, incluindo exposições, mostra de cinema (Cinecop BNDES), debates, seminários e eventos culturais, e se tornou um dos principais símbolos da participação do Banco na COP30.
O investimento total na restauração do Complexo dos Mercadários, que ficará como legado para a população de Belém, foi de R$ 49,4 milhões, sendo R$ 36,3 milhões em recursos não reembolsáveis do BNDES Fundo Cultural, com apoio também da UFPA, do Instituto Cultural Vale e da Fapespa (Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa do Pará).
Confira o ranking das marcas que mais tiveram ganhos na mídia na COP30:
1º BNDES – R$ 63,91 milhões (Financiamento de projetos de transição energética)
2º Petrobras – R$ 56,96 milhões (Transição energética e descarbonização)
3º Vale – R$ 50,11 milhões (Neutralidade de carbono e bioeconomia)
4º Itaú Unibanco – R$ 39,20 milhões (Financiamento sustentável e inovação em finanças verdes)
5º Nestlé – R$ 31,10 milhões (Agricultura regenerativa e sustentabilidade financeira)
6º JBS – R$ 29,98 milhões (Práticas de produção sustentável e rastreabilidade)
7º Rock World – R$ 26,71 milhões (Ativação cultural com foco em sustentabilidade)
8º Natura – R$ 26,52 milhões (Liderança em biodiversidade e coalizões ambientais)
9º Sebrae – R$ 20,66 milhões (Inclusão dos pequenos negócios na economia de baixo carbono e promoção da bioeconomia amazônica)
10º Grupo O Globo – R$ 17,98 milhões (Cobertura editorial e engajamento com a agenda climática)
Foto: André Telles/Divulgação BNDES