Seminário debate impacto da IA com especialistas internacionais

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O “Impacto da Inteligência Artificial no Brasil” foi tema do seminário internacional promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta terça-feira, 21, em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), nas sede do Banco, no Rio de Janeiro. No evento, especialistas analisaram os desafios e as oportunidades do uso de Inteligência Artificial (IA) no Brasil, com foco nos impactos no emprego e na educação. Participam como debatedores, ao longo do dia, representantes de ministérios, empresas, universidades e entidades representativas.

Em sua fala na abertura, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, relembrou o papel histórico do Banco de formular políticas públicas e discutir temas estratégicos para o Brasil. “Hoje, tratamos de um tema portador de futuro, uma agenda ainda árida no país, mas com impacto disruptivo em todas as áreas produtivas e sociais. É como propor um debate sobre computador quando está todo mundo na máquina de escrever”. Para ele, o evento auxilia a estudar a relação da IA com empreendedorismo, investimento e crédito. “Quem sabe criamos a Rede Brasileira de Inteligência Artificial, grupo permanente de reflexão e intervenção. E avaliaremos criar uma linha de crédito especial de R$ 2 bilhões, incluindo a Finep e a EMBRAPII, para alavancar o setor”, acrescentou. 

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Para a diretora de TI, Pessoas e Operações do BNDES, Helena Tenório, além de atuar pelo desenvolvimento, o Banco é um espaço de conhecimento e reflexão sobre os temas contemporâneos. “Com a transformação digital – a IA inclusa – os temas humanos e tecnológicos se unem. Mas o humano tem que estar no centro. Vamos trabalhar para que a tecnologia ajude a construir um futuro mais justo”, defendeu.

Um avatar de IA representando o BNDES, chamado Bethânia, surpreendeu a todos no início do seminário. “Como qualquer construção social, estou submetida a um jogo de interesses diversos. Por isso, meu uso não é neutro. Quais consequências da automação de tantas funções em um país com excesso de mão de obra? Quais os limites éticos da IA? Qual a relação possível entre o desenvolvimento da IA e a maior concentração espacial do progresso e da riqueza?”, questionou Bethânia, que encaminhou o público para o debate.

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Também estiveram na abertura do evento o ministro do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, e o diretor do Serviço Social da Indústria (SESI) e presidente do conselho de administração do BNDES, Rafael Lucchesi. Durante o evento, ocorreram os seguintes painéis: “Passado, Presente e Futuro da Inteligência Artificial: Ameaças e Oportunidades”, “Como as escolas e as universidades podem se preparar para os impactos da Inteligência Artificial?”, “Os impactos da Inteligência Artificial no Emprego e na Economia” e “Oportunidades e Ameaças da Inteligência Artificial para o Brasil”.

Entre os debatedores, o professor PhD afiliado a Stanford University, Alexandre Nascimento, o diretor de Educação e Competências da OCDE e criador do Program for International Student Assessment (PISA), Andreas Schleicher, e o ex-Diretor da OCDE e senior fellow na Escola de Governança Transnacional do Instituto Universitário Europeu, Andrew Wyckoff.

Assista à integra do evento: 

Foto: André Telles

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