Para ampliar investimentos na Amazônia Legal, BNDES participa, em Belém, de comitê na Sudam
- Entre janeiro de 2023 e março de 2025, Banco aprovou R$ 55,9 bi para os estados da Amazônia Legal, montante 50% superior ao aprovado entre 2019 e 2022
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participou, nesta terça-feira, 12, em Belém (PA) da instalação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff) da Amazônia Legal. O comitê, que já existe na região Nordeste, vai subsidiar o Conselho Deliberativo da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) com articulação e ações para aperfeiçoar o financiamento de projetos que contribuam para geração de renda e emprego na região.
Maria Fernanda Coelho, diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Gestão do Fundo do Rio Doce do BNDES, explicou que o Coriff é um fórum para que os bancos e instituições de fomento possam financiar a carteira de projetos dos estados da Amazônia Legal.
"Nosso objetivo é ampliar os investimentos na Amazônia, e o Coriff é fundamental para que os investimentos aconteçam e possam dinamizar cada vez mais a economia local, melhorando a qualidade de vida da população. O aumento da oferta de crédito visa não só o crescimento das empresas, mas o desenvolvimento da Amazonia Legal, sempre tendo a sustentabilidade como eixo orientador. Nós temos recursos para diferentes setores, como indústria, comércio e serviços, infraestrutura, agricultura empresarial e familiar", explicou a diretora do BNDES.
Entre janeiro de 2023 e março de 2025, o BNDES aprovou um total de R$ 55,9 bilhões de crédito para os estados que formam a Amazônia Legal. Este montante é 50% superior ao aprovado entre 2019 e 2022 (R$ 37,3 bilhões).
“Vamos criar na Sudam uma sala de situação para funcionamento do Coriff. Esse esforço de reunir os bancos oficiais é para fazermos com que o financiamento chegue para todo mundo, para o grande, para o médio e para pequeno. Queremos dar resposta ao chamado desenvolvimento sustentável, que deve incluir todo mundo. E é essa inclusão que vai dar sustentabilidade para a região", afirma Paulo Rocha, superintendente da Sudam e presidente do Coriff.
O comitê - Além do BNDES, participam do Coriff representantes do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia, da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Coriff tem como foco o fomento ao desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal. Entre as suas prioridades, estão projetos nas áreas de bioeconomia, pesca, agricultura familiar e iniciativas estratégicas apresentadas ao Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), como ampliar o alcance do Portal de Investimentos da Amazonia, a partir da integração das outras instituições financeiras à iniciativa. Além disso, destaque para os projetos integrados de desenvolvimento sustentável da Ilha do Marajó (PA) e Bailique (AP). A criação do Coriff foi aprovada pelos membros do Conselho Deliberativo da Sudam, em reunião realizada no dia 10 de abril deste ano.
O comitê é um órgão de caráter permanente e consultivo no âmbito do Conselho Deliberativo da Sudam (Condel). A reunião de instalação do Coriff teve ainda as presenças de representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), da Superintendência da Zona Franca de Manaus e do Consórcio Amazônia Legal, das federações da indústria e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de cada estado da Amazônia Legal. Também participaram representantes de entidades que fazem parte da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), bem como da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Foto: Divulgação - Sudam