Agência BNDES de Notícias

• Alinhado à política industrial do governo federal, programa BNDES Mais Inovação é o vencedor na categoria Produtos Financeiros

• Na categoria Alide Verde, o Banco foi premiado pelo 2º ano consecutivo, desta vez pela iniciativa BNDES Azul, focada na proteção e uso sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conquistou uma marca inédita na 55ª Assembleia da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento (Alide), que começou na segunda-feira, 12, e prossegue até esta quarta, 14, em São Domingos, República Dominicana. Pela primeira vez na história do Prêmio Alide, a mesma instituição é agraciada em duas categorias diferentes na mesma edição – feito compartilhado apenas com o Fideicomissos Instituídos em Relação com a Agricultura (Fira), do México, também premiado em duas categorias nesta edição.

Lançado em setembro de 2023, o programa de crédito BNDES Mais Inovação será premiado na categoria Produtos Financeiros. A iniciativa tem como objetivo fortalecer o ecossistema de inovação do país, incluindo apoio para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), plantas pioneiras e difusão tecnológica voltada à indústria 4.0.  A atuação do BNDES é coordenada com a dos demais atores de apoio à inovação como, por exemplo, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

“Formulado e implementado pelo Banco, o BNDES Mais Inovação está alinhado à política industrial do governo do presidente Lula, chamada Nova Indústria Brasil (NIB)”, explicou a diretora de Pessoas, TI e Operações do BNDES, Helena Tenório. “Com esse programa, o apoio à inovação retoma sua posição de centralidade na estratégia de atuação do BNDES. Desta forma, atuamos como indutor do investimento privado em pesquisa, desenvolvimento e inovação, para tornar a economia brasileira mais competitiva”.

Ao receber o prêmio, a diretora lembrou que sua carreira de 27 anos na instituição foi marcada pelo “compromisso com a inovação”. “A indústria foi o motor de crescimento das aprovações do BNDES e este programa foi fundamental para este resultado”, ressaltou.

Segundo dados do Banco, o impacto já é significativo. Em 2024, o volume de aprovações para projetos de inovação chegou a R$ 13,6 bilhões, um crescimento de 157% em relação a 2023. No total, entre 2023 e 2024, R$ 14,1 bilhões em aprovações estão diretamente ligados ao novo programa. Foram apoiados projetos de soluções inovadoras na área da saúde (novos medicamentos e vacinas), mobilidade sustentável, IA, semicondutores, dentre outros. A relação dos projetos apoiados está disponível no site de transparência do BNDES referente ao Plano Mais Produção, braço de apoio financeiro da NIB.

BNDES Azul – Já a iniciativa BNDES Azul garantiu ao Banco a premiação na categoria Alide Verde pelo segundo ano consecutivo. Em 2024, o BNDES foi premiado nesta categoria com o programa Floresta Viva, que combina recursos públicos e privados em uma ação de matchfunding para apoiar projetos de restauração ecológica com espécies nativas em todos os biomas brasileiros.

O BNDES Azul, criado em 2024, tem foco na proteção e uso sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros do Brasil e busca estruturar um modelo de financiamento de longo prazo voltado à economia azul, integrando ações de ordenamento territorial marinho, recuperação de recifes de coral e manguezais, e apoio a atividades produtivas sustentáveis no litoral brasileiro. O programa já concretizou operações estruturantes, como a contratação do projeto piloto de Planejamento Espacial Marinho (PEM) da Região Sul, a chamada pública BNDES Corais com R$ 45 milhões em recursos para conservação de recifes, e a estruturação de novos projetos para as regiões Sudeste (R$ 11,2 milhões) e Norte (R$ 13,3 milhões). As ações envolvem diretamente comunidades costeiras tradicionais, promovendo inclusão produtiva, conservação da biodiversidade e resiliência climática.

“O BNDES Azul demonstra que é possível aliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental com inovação, governança e impacto social real, com a organização espacial do espaço marinho sendo realizada em cooperação com as comunidades tradicionais, pescadores locais, povos indígenas e com participação significativa das mulheres”, observou Helena Tenório. “Este prêmio é o reconhecimento de um esforço coletivo que mobiliza diferentes setores em prol do mar brasileiro”.

Ao receber o prêmio, a diretora destacou a importância da economia oceânica e marinha para toda a América Latina e Caribe, um continente rodeados pelo mar. “Creio que a categoria deveria mudar para Alide Azul”, brincou. “Se a economia azul fosse um país, seria a sétima economia mundial, formaria parte do G7”.

Assembleia da Alide – Helena representa o BNDES na 55ª Assembleia da Alide substituindo o presidente Aloizio Mercadante como vice-presidente da associação na reunião do Conselho Diretor da entidade. Durante o evento, a diretora também participou de painéis sobre mudanças climáticas e financiamento verde.

“Gostaria de agradecer à Alide pelo reconhecimento e pelo papel fundamental que exerce na promoção da cooperação e do fortalecimento dos bancos de desenvolvimento da América Latina e Caribe, instituições essenciais para o avanço sustentável e inclusivo de nossa região”, finalizou.