Desestatização das distribuidoras da Eletrobras
O leilão da Companhia Energética de Alagoas (Ceal), realizado ao final do ano passado, concluiu o processo de desestatização de seis distribuidoras da Eletrobras priorizadas no âmbito do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal. Entenda, a partir das perguntas e do infográfico a seguir, como se deu o processo e quais são os seus principais resultados.
Perguntas e respostas
Quais os benefícios esperados, após a desestatização, para a população atendida por essas distribuidoras?
O principal benefício é a melhoria da qualidade do serviço prestado. A baixa realização de investimentos, decorrente de restrições financeiras da própria Eletrobras, acabou por comprometer a qualidade do serviço prestado por essas distribuidoras ao longo dos anos. Os investimentos necessários em novas tecnologias, manutenção e, principalmente, ampliação na rede de distribuição ficaram restritos.
A desestatização pode contribuir para a expansão da rede de distribuição nessas localidades?
Sim. A expansão da rede distribuição de energia demanda dos investidores um volume significativo de Capex (investimento em bens de capital), que precisa ser posteriormente remunerado ao investidor via tarifa. A Eletrobras já não possuía mais capacidade financeira para realizar esses investimentos. Já os novos controladores, além de disporem dos recursos necessários, estão comprometidos a realizar tais investimentos.
Como o processo de desestatização contribui para o desenvolvimento dessas regiões?
A melhoria na qualidade da energia distribuída pode alavancar o nível de investimento nesses locais, atraindo indústrias e empresas que antes viam na qualidade da energia do local um entrave. Com a melhoria e a provável expansão da rede, tanto a população atendida quanto as empresas locais contarão com um serviço mais regular, com menos episódios de interrupção, além da possiblidade de ampliação da disponibilidade de energia.
Qual foi o papel do BNDES no processo de desestatização das distribuidoras?
O BNDES foi o executor do processo de desestatização. Isso significa que além de acompanhar o processo e ser o articulador entre as partes (poder concedente, alienante, Tribunal de Contas da União – TCU, agência reguladora e as próprias empresas alienadas), fez todas as contratações necessárias ao processo, incluindo consultores, auditoria e bolsa de valores.
Infográfico (clique para ampliar)
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