A trajetória do investimento nos próximos quatro anos
Produzido desde 2006 pelo BNDES, o boletim Perspectivas do Investimento apresenta anualmente um mapeamento dos investimentos previstos para um período de quatro anos (o da edição do boletim e os três seguintes). O levantamento considera tanto projetos apoiados como não apoiados pelo BNDES e abrange os principais setores da indústria e da infraestrutura.
Como explica o economista Fernando Puga, o boletim “traça uma ideia de para onde a economia está indo e de quais setores vão puxar o crescimento”. Adicionalmente, serve como insumo para o planejamento da atuação do Banco.
A elaboração do Perspectivas do Investimento envolve todas as gerências setoriais do BNDES. São elas as responsáveis por monitorar e avaliar os projetos em curso e em perspectiva de cada setor, conduzindo pesquisas junto aos principais players do mercado, associações, organizações e órgãos de governo. Esse trabalho dá origem às estimativas de investimento, que são discutidas e consolidadas nas reuniões do Comitê de Assuntos Setoriais (CAS) do BNDES, sob a coordenação dos economistas Lavinia Barros de Castro e Fernando Puga.
Nesta última edição, a publicação analisou investimentos de 19 setores para o período de 2019 a 2022. Foram contemplados 11 setores industriais – extrativo mineral, petróleo e gás, alimentos, papel e celulose, sucroenergético, químico, siderúrgico, complexo eletroeletrônico de TI, complexo industrial da saúde, automotivo e aeroespacial. Já na área de infraestrutura, a análise abarcou oito setores - energia elétrica, telecomunicações, logística (subdividido em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e mobilidade urbana) e saneamento.
Para avaliar seu próprio grau de precisão, o Perspectivas do Investimento apresenta ainda um histórico dos valores previstos e do que foi efetivamente realizado ao longo dos anos (utilizando preços atualizados para o período). O comparativo mostra que o levantamento tem bom índice de acerto, ficando quase sempre dentro de uma margem de até 10 pontos percentuais (p.p.), para mais ou para menos, em relação ao realizado. Nos dois levantamentos mais recentes, de 2014-2017 e 2015-2018, essa diferença acabou sendo um pouco mais expressiva, chegando a 20 p.p., o que se explica por mudanças mais bruscas no desempenho da economia.
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