Aviso: Utilizamos dados pessoais, cookies e tecnologias semelhantes de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

BNDES - Agência de Notícias

Thu Nov 21 19:39:03 CET 2024 Thu Nov 21 19:39:03 CET 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:18:56 23/07/2019 |MEIO AMBIENTE

Ultima atualização: 19:03 23/07/2019

Com US$ 30 bi, BNDES é maior financiador de energia limpa do mundo, mostra levantamento

  • Apoio à energia renovável brasileira entre 2004 e 2018 colocou o BNDES no topo de ranking preparado pelo BNEF, serviço de pesquisa da Bloomberg especializado no tema.

O BNDES lidera o ranking dos principais financiadores de energia limpa do mundo, com US$ 30 bilhões destinados a projetos do setor no Brasil, entre 2004 e 2018.

A informação é da BloombergNEF (BNEF), serviço de pesquisa da Bloomberg especializado no setor de energia renovável.

Do conjunto de ações do BNDES em energia limpa no período, destaca-se o apoio à construção de usinas eólicas. O gerente da Área de Energia Guilherme Arantes explica a importância do tema no Banco.

“O apoio do BNDES ao setor eólico é um caso de sucesso e motivo de orgulho para o Banco, que demonstra seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável”, comenta Guilherme.

Ele ressalta que os resultados alcançados vão além da viabilização de uma fonte de energia inovadora, limpa e competitiva na matriz elétrica brasileira, mas passam também pelo desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores distribuída ao longo do território brasileiro.

 “Essa cadeira de fornecedores atraiu mais de R$ 1 bilhão em novos investimentos, gerando milhares de empregos de qualidade na indústria. Do ponto de vista financeiro, a carteira de projetos eólicos permitiu ao BNDES ser a primeira instituição brasileira a emitir Green Bonds no mercado global.”

A operação com Green Bonds a que Guilherme se refere ocorreu em maio de 2017, quando o BNDES concluiu a captação de US$ 1 bilhão em títulos verdes no mercado internacional. Esses papéis têm características similares aos bonds convencionais, porém os recursos obtidos devem ser destinados a financiar projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora, especializada na área ambiental.

O levantamento da BloombergNEF considerou empréstimos realizados pelo BNDES para produção de biocombustíveis e para geração energética a partir de diferentes matrizes: eólica, solar, biomassa e hidrelétrica (pequenas centrais).

O Banco Santander internacional e o Mitsubishi Financial Group ocupam as segunda e terceira posições no ranking, com US$ 26,5 e US$ 24,0 bilhões, respectivamente.

Confira abaixo os gráficos da BloombergNEF, referentes aos períodos de 2004-2018 e de 2009-2018.

TopClean2

 TopClean1

   

Principais projetos 

Veja abaixo um raio-x dos projetos de energia limpa apoiados pelo BNDES.
Contabilizamos projetos de implantação, ampliação e modernização. Alguns deles já estão finalizados, outros ainda estão em processo de implantação.

 

102 parques eólicos. A maior parte dos empreendimentos situa-se no nordeste, região com vocação natural nessa matriz energética. São exemplos os complexos eólicos Chapada do Piauí, no Piauí, Ventos do Araripe, em Pernambuco, Delta, no Maranhão, e Alto Sertão, na Bahia.

5 usinas solares. Esses investimentos estão localizados nos estados de Minas Gerais e no Rio Grande do Norte: complexos de usinas solares de Paracatu e Pirapora (MG) e as usinas de Floresta (RN). 

138 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), são, como sugere o nome, hidrelétricas de menor porte. Nesse caso, há maior adensamento nas regiões centro-oeste, sul e sudeste do país. Somente no estado do Mato Grosso, são mais de 10 PCHs.

429 usinas de etanol e biodisel. Entre elas, destacam-se as plantas de etanol de 2ª geração (2G) da Raízen, em Piracicaba (SP), e da Bioflex, em São Miguel dos Campos (AL). Nessas unidades, o biocombustível é produzido utilizando não só o caldo, como também o bagaço e a palha da cana-de-açúcar, resíduos da produção de etanol comum (1G). 

73 unidades de cogeração de energia a partir da biomassa da cana de açúcar, localizadas em plantas de indústrias sucroalcooleiras, com a função de fornecer energia para a produção e para comercialização do excedente, colaborando com o abastecimento energético do país. 

1 unidade de geração de biogás a partir de cana-de-açúcar, localizada em Paraíso do Norte (PR). Foi desenvolvida como planta de demonstração, com 4 MW, para geração de biogás a partir de resíduos da produção de cana-de-açúcar.

Essa planta foi fundamental para demonstrar a viabilidade técnico-econômica desse processo inovador em escala industrial. Com base nela, estão sendo construídas duas outras unidades, com financiamento em fase de contratação: uma em Guariba (SP), que será a maior termoelétrica a biogás agroindustrial do mundo, com 21 MW, e outra em Pradópolis (SP), que vai avançar nos testes da tecnologia, para verificar, em escala industrial, a viabilidade da purificação do biogás em biometano, para uso como substituto do diesel na frota de caminhões e tratores.

19 unidades de produção de energia a partir de outras fontes de biomassa. Nessas unidades, produz-se energia para indústrias a partir, por exemplo, de resíduos como a casca do arroz. É o caso da Silica Verde do Arroz, em Alegrete, e da Sepe, em São Sepe, ambas as cidades no Rio Grande do Sul.

2 termelétricas a biogás, que produzem energia a partir de lixo de aterros sanitários, em Caieiras (SP) e Minas do Leão (RS).